Acordei, levantei de pressa da cama, fui ao banheiro escovar os dentes como em todas as manhãs, mas hoje algo me chamou atenção no espelho, desde a minha infância acho que nunca te olhei naturalmente pela manhã e sorri.
Quando eu era criança, tentava fazer com que você ficasse sem volume, que não chamasse muito a atenção, que tivesse cachinhos perfeitos, ou que pelo menos por sua causa eu não tivesse que ouvir: "Menina, prende esse cabelo", e outros comentários chatinhos que as "Tias" gostam de falar. Tudo era motivo para me imaginar com um cabelo igual ao da menina do filme. Naquela época, para mim, aquilo ali era bonito. Já você, precisa ter que entrar nos padrões da sociedade.
Sei que errei muito com você, mas prometo que agora vai ser diferente, ok?! Cansei de tanto que tentei te mudar: relaxamentos químicos, escova, prancha. Sem contar o cansaço físico de ter que ir pra salão de beleza ficar horas aplicando produtos com aromas nada agradáveis e no final ainda ter que escovar e pranchar o cabelo (essa era a parte que eu mais odiava, parecia que aquele troço quente ia queimar meu coro cabelo. Algumas vezes queimava, risos). Às vezes, você até aparentou chegar a algo próximo do que eu queria, mas, não era você.
Hoje quando te vejo eu sinto algo tão bom, cada centímetro seu que vai crescendo é uma experiencia nova. Eu amo sua textura, enrolar cada cachinho de manhã, fazer fitagem, lava-lo. Como um dia pude não gostar de você?
Gosto de você mais do que qualquer outro cabelo, porque você é meu e isso te torna único e parte de mim. Não tenho mais inveja do cabelo da Marina Ruy Barbosa, Gisele Bündchen, mesmo o cabelo delas sendo lindo, mas isso não importa mais, pois tenho você.
Oh cabelo, cabelo meu
Se você não fosse meu, eu não seria tão... eu
Não é publi da natura, mas lembrei dessa música do comercial quando estava escrevendo. Risos
Nenhum comentário:
Postar um comentário